Qualquer Dia


   Passava já uma semana sobre a minha ida a casa de Elisa.
   Quando nos despedimos, no dia seguinte, eu estava convencido que aquilo era o fim. O fim de quê? Bem, não sei, o fim do que quer que fosse. De alguma forma estava como que aliviado, era mais fácil voltar à vida que tinha, ao vazio de emoções a que me condenara por não saber como sair do poço em que caíra de há 3 anos a esta parte.
   Mas a meio da semana, de uma semana inteira em que não a vi, senti... sei lá... não sei o que isto é, quero vê-la, mas ao mesmo tempo não quero. Quero o que quer que seja que aquilo fosse, mas também quero voltar para o vazio de antes, ao mundo das rotinas a que me ostracizei.
   Como sinto as duas vontades, a de a ver e a de não a ver... hoje deixei-me vencer pela vontade de a ver. Decidi-me então por a ir procurar. O que se passou, sobretudo após termos bebido de mais, foi como regressar ao princípio do que quer que seja que aquilo fosse, ou até mais atrás, como se houvesse uma escala negativa antes de nos termos cruzado. Era preciso fazer algo, começar de novo... voltar ao zero.
   Decidi ir à procura dela após o trabalho. Era dia de descanso do ginásio. Perguntava-me o porquê de sentir aquela vontade, aquela convicção. Pensei ir procurá-la ao futuro estabelecimento, pensava no que lhe iria dizer, não podia justificar a minha ida com as minhas vontades antagónicas, com essa espécie de bipolaridade, em que dum lado estava o passado que me tornou num ser quase sem emoção e do outro uma mulher que veio abanar com o meu mundo de rotinas, de saber sempre o que vem a seguir, mais do mesmo, mais de nada, nada de emoções ou sentimentos. A sensação que tinha a maioria das vezes é a de ter morrido ainda antes de morrer. Elisa veio trazer a contradição.
   Estava quase a chegar à porta e nada me ocorria para me justificar. Sem justificação passei pela porta e não parei.
   Mas, subitamente, lá encontrei um motivo. Voltei atrás. Bati à porta.
   – Quem é? – perguntou uma voz masculina. Pensei nem sequer responder e ir embora. Mas lá respondi.
   – Santiago, do Banco... – disse. Foi o que me ocorreu dizer.
   A porta abriu. Era o tal indivíduo que já ali trabalhava antes da chegada de Elisa.
   – Boa tarde. – disse ele quase ao mesmo tempo que me estendia a mão para me cumprimentar.
   – Elisa não está? – perguntei ao mesmo tempo que o cumprimentava.
   – Não, penso que deve estar um pouco adoentada. – informou... Eduardo, penso que era esse o seu nome.
   – Mas é grave? – perguntei preocupado.
   – Sinceramente não sei. – disse encolhendo os ombros – Ela ligou a dizer que não viria hoje mas que estaria por casa.
   Fiquei a pensar. Gostava de falar com ela, de a ver, saber como estava. Ficara preocupado. Preocupado como se fica quando o bem-estar de alguém nos importa incondicionalmente.
   – Vá visitá-la. – sugeriu Eduardo – Eu digo-lhe onde ela mora...
   – Eu sei onde ela mora. – deixei escapar.
   – Então dê lá um saltinho. – sugeriu.
   Assim fiz. Sentia em mim uma inesperada quanto legitima preocupação.
   Lembrei que era de bom-tom levar qualquer coisa... Flores foi o meu primeiro pensamento. Mas pensei melhor. Havia uma pastelaria perto da casa de Elisa e aí comprei bolos. Vários bolos. Iria propor-lhe um lanche.
   Toquei à campainha do prédio. Passados alguns segundos a porta abriu.

* * *

   Inesperadamente era Santiago que estava à porta. Abriu-a.
   Eu estava com uma roupa de trazer por casa, fiquei um pouco em pânico, mas abrira de imediato a porta. Em pânico, mas senti um sorriso parvo no meu rosto. Uma alegria, uma euforia infantil... de adolescente, vá!
   Corri para a casa de banho, penteei o cabelo minimamente e coloquei uma fita...
   Ele bateu suavemente à porta. Fui abrir.
   – Boa tarde. Entre... – disse. Feliz por o ver. Pela surpresa. Trazia numa das mãos um saco.
   – Boa tarde, Elisa! Com licença. – disse educadamente.
   Fechei a porta.
   – Está melhor? – perguntou ele... para meu espanto.
   Fiz uma cara de espanto, não disse nada e então prosseguiu.
   – Disseram-me que estava adoentada. – disse Santiago.
   – Quem lhe disse isso? – perguntei curiosa. Sem pensar.
   – Penso que se chama Eduardo. – respondeu e aí percebi que o meu sócio exagerara nitidamente para que Santiago se decidisse a vir ao meu encontro.
   – Ah! Pois, quem mais podia ser! – exclamei disfarçando – Ele é um exagerado, sentia-me apenas o pouco mais cansada que habitualmente. – disse camuflando assim a informação dada por Eduardo.
   Olhei para ele, ele olhou para mim. Não me contive.
   – Estou muito feliz por ter vindo. – disse ao mesmo tempo que me lançava ao seu pescoço para o abraçar... dei-lhe um beijo na cara.
   Ele nem se mexeu. Ficou absolutamente surpreso. Não conseguiu reagir.
   – Trouxe uns bolos para o lanche... – disse ele algo atrapalhado – Espero que tenha chá em casa...
   Uma ternura, um homem daqueles, forte, sem jeito, atrapalhado. Preocupado comigo, vindo-me visitar... Apetecia-me abraça-lo outra vez, mas...
   – Você quer ver-me gorda? – perguntei.
   – Não, não quero... – disse ele ficando por certo arrependido de ter trazido os bolos.
   – Estou a brincar. – sosseguei-o – Adoro doces e posso comer de tudo um pouco, não tenho tendência para engordar.
   – Ufa! – disse aliviado, quase...
   – Ria, Santiago, tem um sorriso lindo. – opinei.
   Ele sorriu, parecia que não o fazia com regularidade, parecia que os seus músculos faciais estavam presos.
   – Posso abraça-lo outra vez? – perguntei – Não estou doente.
   – Sim... – concordou ele, mas naquele seu jeito sem jeito. Amoroso.
   Abracei-o. Ele abraçou-me também. Juro que não queria mais largá-lo.

* * *

   Gosto da surpresa que Elisa é, da sua espontaneidade, mas também tenho... não é bem medo ou receio, é não saber o que fazer. Como agir. Abraçado a ela não estava à vontade mas sabia-me tão bem aquele calor, aquele corpo de mulher a envolver o meu... Sensações que há muito não tinha.
   Terminado o abraço.
   – Venha lá, Santiago, vamos lá fazer chá e comer esses bolos. – disse ela dando-me a mão, levando-me até à cozinha.
   Escolhemos um chá, perdão, uma infusão... Maçã e canela.
   Decidimos lanchar na cozinha. Elisa colocou água na cafeteira elétrica.
   – Sabe, Santiago, tenho muito boas lembranças de outros chás igualmente tomados numa cozinha. – confidenciou ela.
   – Ai sim... – disse eu enquanto colocava o saco que continha os bolos em cima da mesa.
   – Sim, Cesária, tinha sempre chá pronto. – disse algo saudosista.
   – Cesária!? – exclamei perguntando – Da próxima vez convidamo-la... – sugeri em absoluta boa vontade.
   – Não pode ser... – disse Elisa com tristeza.
   – Porque não? – perguntei antevendo algo menos bom.
   – Já não está entre nós. – respondeu Elisa acentuando a sua tristeza.
   – Oh! Lamento... – disse com sinceridade.
   – É como que para a homenagear que há muito chá naquela imensa sala de estar... – revelou. Citando uma expressão minha.
   – Posso saber quem era? – perguntei.
   – Gosto de a definir como a minha mãe de verdade, formalmente era empregada na casa de meu pai. – informou.
   – E a sua mãe? – perguntei espontaneamente. Sem pensar muito. Fui precipitado.
   Ela olhou-me… percebi que não iria responder.
   – A água já ferve. – disse ela mudando oportunamente de assunto.
   Muita justificação podia haver para aquele desviar de assunto, mas qualquer que ela fosse pareceu-me que não seria a melhor.
   Ela foi buscar a cafeteira elétrica.
   – Fica bonita com essa fita na cabeça. – disse como que para desanuviar o ambiente pesado que se instalara.
   – Até que enfim que lhe escuto um elogio. – pareceu desabafar ela.
   Não fui capaz de lhe responder. Não havia nada para dizer perante a evidência do que ela acabara de dizer. Mas para mim pensei: tantos elogios que eu lhe podia fazer.
   – Gosta mais de mim assim, informal, ou mais formal? – perguntou ela.
   – Ambas. – disse mal ela terminou a pergunta.
   Ela sorriu, certamente agradada por eu aceitar o traje menos habitual que ela envergava naquela ocasião.
   – A Elisa não é uma mulher exuberante, é de uma elegância discreta. – disse sendo sincero, mas também surpreso por ter sido capaz de dizer aquilo. De sentir aquilo.
   Ela levantou o rosto, estava a colocar as saquetas na água quente. Estava tão surpresa quanto eu, por certo, ou mais ainda.
   – Hum! A seguir vai convidar-me para sair? – pergunto ela.
   – Estava aqui a pensar... – comecei por dizer – Quer sair comigo? – perguntei, alinhando na brincadeira dela.
   – Claro que quero, com todo o gosto... – disse Elisa com sinceridade.
   Eu estava a trilhar um caminho sem volta, apesar de tudo ter começado com uma brincadeira.
   – Então está combinado, qualquer dia convido-a... – prometi.
   – Não gosto desse qualquer dia... – disse ela.
   – Não gosta? Não estará a entrar em contradição... – confrontei-a. Sentia-me a ir além do que era capaz, além do meu mundo tão previsível. Era bom mas ao mesmo tempo assombroso.
   – Sabe, Santiago, esse qualquer dia tem muito que se lhe diga... – começou a argumentar.
   – Ai tem!?... – interrompi-a. Pressenti que preparava alguma, algo daquele seu cáustico sentido de humor. Talvez.
   E veio. O talvez deu lugar a realização.
   – Quando alguém que não aprecio ou que não me interessa me faz um convite e me fala no qualquer dia, eu por dentro fico descansada... – continuou pausadamente.
   – Como assim? – perguntei, interrompi, constatando alguma contradição naquela sua argumentação.
   – Não me corte o raciocínio, se faz favor... – advertiu fingindo uma imensa seriedade.
   Não disse mais nada. Esperei que continuasse.
   – Fico descansada porque esse qualquer dia não tem data, logo esse não desejado convite também não tem hora nem lugar para se efetuar. – concluiu.
   – Bem visto. – concordei.
   – Corolário. – disse ela sorrindo.
   – Diga. – incentivei eu.
   – Santiago, trate de trocar esse qualquer dia por uma data, uma hora e um lugar... – ordenou ela – Eu quero sair consigo. – concluiu.
   Sorrimos os dois. Um para o outro.
   Aí estava, o caminho sem volta.

* * *

   Eu estava decidida, não iria descansar enquanto ele não trocasse aquele qualquer dia por algo real. Senti que era o que queria, o que mais queria... Algo estava a acontecer comigo.
   Lanchámos. Chá e bolos. Foi ótimo, que excelente ideia a que ele tivera de aparecer. Conversámos sobre várias coisas, a ideia de que ele era de poucas palavras, podia ser verdade... mas ele era sobretudo um bom ouvinte e só intervinha pontualmente e com sentido de oportunidade.
   Terminámos os bolos, voltámos a encher as canecas com chá e fomos para a sala. Brincamos mais uma vez com o quadro. Cada vez menos eu me parecia com a mulher do quadro foi a conclusão a que chegámos. Ele gostava mesmo de me ver com aquela fita no cabelo.
   A dada altura quis saber mais sobre ele e aí algo estranho sucedeu.
   – Diga-me, Santiago, tendo em conta que vamos sair... – comecei por dizer.
   – Sim, o qualquer dia que eu fiquei de datar. – lembrei.
   – De datar para uma data muito em breve... – avisei e prossegui – Qual é o seu estado civil?
   Ele não respondeu. Eu, de imediato, não me apercebi que ficara desconfortável, quase petrificado.
   – Já foi casado? Tem filhos? – perguntei e esperei uma resposta às várias perguntas.
   Ele continuava a nada dizer. Parecia uma pedra, estava perdido, ausente.
   Colocou os cotovelos sobre os joelhos e segurou a cabeça com as mãos. Fui ao encontro dele. Ajoelhei-me à sua beira, por escassos instantes não soube o que fazer, mas depois coloquei as minhas mãos sobre as dele. Sem nada dizer. Esperando ele reagir.
   Ele levantou ligeiramente o rosto. Nossas mãos ficaram dadas.
   Não, não chorava, não emitia qualquer som, mas tinha no rosto uma silenciosa tristeza imensa. Os olhos não vertiam lágrimas, mas elas estavam lá, iriam cair. Cheguei-me mais à frente, para o abraçar e a sua cabeça caiu sobre meu ombro. Aí ficaram as lágrimas, não havia palavras, não havia o que dizer. Era dar-lhe tempo, tempo que só ele podia saber a duração. Acariciei-lhe o cabelo na zona da nuca.
   Ele ali ficou.


   Notas Finais
   Agradeço mais uma vez à minha amiga Ivone Moreira a paciência que tem para corrigir o que escrevo.


   Texto(s) Relacionado(s)
   - Apenas Elisa,
      publicado a 16 de Dezembro de 2012.
   - Chá com Elisa,
      publicado a 30 de Dezembro de 2012.
   - Um Vinho de Além Tejo,
      publicado a 11 de Janeiro de 2013.
   - Um Quadro Vivo,
      publicado a 20 de Janeiro de 2013.
   - Rescaldo Alc. 14,0% vol. 750ml,
      publicado a 27 de Janeiro de 2013.
   - Honrar o Passado,
      publicado a 3 de Fevereiro de 2013.
   - Tomamos Café,
      publicado a 9 de Fevereiro de 2013.
   - Dois passos em frente, Um atrás,
      publicado a 18 de Fevereiro de 2013.




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21 comentários:

  1. Ana Paula Curto Venâncio23 de fevereiro de 2013 às 12:25

    Grande verdade... é uma forma de descomprometimento, mas sem fechar completamente uma porta... este texto diz aquilo que já alguma ou várias vezes sentimos... e assim continuamos na nossa busca do quê???!!! Paixão, cumplicidade, compromisso, será amor???...
    E vou lendo outros textos...

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    1. Acho que buscamos todas essas coisas: a paixão, a cumplicidade, compromisso... mas no final tudo se resume na procura do amor. Há que acreditar, ter fé e esperança...
      No que se refere a este texto, a Ana Paula devia começar por ler o texto "Apenas Elisa" e por ai adiante, para fazer mais sentido a leitura deste "Qualquer Dia".
      Bom fim de semana...

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    2. Ana Paula Curto Venâncio23 de fevereiro de 2013 às 12:28

      Tudo se resume na procura do amor?... sim... mas há quem fuja desse sentimento como o diabo da cruz... BOM DIA E BOM FIM DE SEMANA!

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    3. Ana Paula Curto Venâncio23 de fevereiro de 2013 às 12:44

      Oh... não o identifiquei particularmente a si Jerónimo... mas até o Santiago parecia estar com medo dos seus sentimentos, não era?

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    4. Eu sei que não era eu o identificado ;)
      Ana Paula, o Santiago tem uma forte razão para assim agir, e acredite que já fez muito ao "permitir" que Elisa entrasse na sua vida... No próximo texto vamos saber a origem da sua forma de ser e estar nesta altura da sua vida... Vamos saber porque é que ele sente que morreu ainda antes de ter morrido...

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    5. Ana Paula Curto Venâncio23 de fevereiro de 2013 às 18:11

      Quero esperar atentamente por essa historia... Boas inspirações!!!

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  2. Agradeço desde já o prazer de conhecer a sua escrita, gostei muito e concordo que curiosamente as melhores ideias surgem nos dias menos bons... Parabéns e vou ser de certeza uma leitora assídua :)

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    1. Eu é que agradeço o facto de a ter como minha leitura ;)
      Quando às melhores ideias nos dias menos bons... continua a acontecer, mas ultimamente ando a fugir um pouco desse padrão... Deve ser esta Elisa que me inspira ;)

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  3. Oh meu amigo Victor... até eu derramei (quase) umas lágrimas... esta parte da história foi sublime.
    Temos um escritor de mão cheia, pena que seja só aos bocadinhos. Estou a ser má...
    Adorei e quero mais...
    Beijinhos

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    1. Bom dia Fernanda ;)
      Lágrimas ou quase lágrimas, devo dizer que me agrada saber isso, não porque tenha algum desejo mórbido por fazer chorar quem quer que seja, mas sim por isso provar a capacidade da minha escrita para mexer com as pessoas. Penso que o "mérito" está nas situações poderem na realidade ser verdadeiras. Encontrarem similaridades com as vivências de quem lê.
      Penso que hoje deixarei mais um rascunho completo. É estranho, mas também sinto a curiosidade de quem lê pelo próximo episódio... resta-me então escrever para depois ler ;)
      Beijinhos e bom domingo...

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  4. Gostei de ver os dois lados da mesma moeda... o que um e outro pensou, que conclusões tiraram em relação às suas atitudes e às do outro. Às vezes ao conhecer os outros conhecemos um pouco mais de nós mesmos. As pessoas nas suas diferenças pressionam como que um gatilho nas nossas próprias emoções que muitas gostamos de pensar que são previsíveis.
    (Que nunca te falte a lapiseira, papel e borracha :) )

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    1. Começo pelo fim e para fazer um pequeno reparo ;)
      Que não me falte o porta-minas Rotring Tikky 0.5 branco, papel e uma borracha. Gosto de escrever, enganar-me e apagar. Voltar a escrever, escrever melhor que aquilo que apaguei.
      Era necessário ir ao outro lado, ver como o outro (neste caso até é uma outra) sentiu aquilo antes relatado. Cada um de nós é aquilo que é, mas só o será se estimulado, se algo ou alguém constituir como que um rastilho.
      Elisa viu Santiago uma vez, foi o aspecto deste que a chamou em primeira instância, mas depois veio o mistério, a curiosidade, depois um comportamento que ela não compreendia, que a fez não desistir.
      E ainda bem que ela não desistiu, porque ele já o havia feito em relação à sua própria vida...

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  5. Pronto, acabada a leitura aqui vai a minha apreciação.
    Bem, a nossa Elisa apesar de ser uma bela mulher consegue encantar as suas presas num "abrir e fechar de olhos". Muito boa falante, atrevida e ao mesmo tempo encantadora não lhe escapa a quem quer conquistar. Por vezes os homens não se deixam envolver sentimentalmente por estas mulheres tão provocantes e excitantes. Uma certa timidez não lhe fazia mal nenhum. O nosso Santiago continua pacato e sonhador, preferindo por vezes fantasiar os bons momentos do que viver a realidade duma forma plausível. Acho-o muito verde neste campo afectivo, ou quem sabe alguém que já sofreu nas mãos duma mulher. Bem, pelos vistos ele guarda um segredo, segredo este que só descobrimos no próximo episódio. (Ora bolas!). Bem amigo, estou a amar esta história, que tem todos os ingredientes para nos hipnotizar. Boas inspirações, beijokas.

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    1. Elisa é, de facto, uma bela mulher, bem falante, provocante, encantadora... coisas que herdou da mãe. Por outro lado, é muito boa pessoa e que tem o outro em conta... coisas que herdou do pai. Nos momentos mais importantes, não é a mulher provocante que mais se revela mas a pessoa que gosta de ajudar.
      Santiago parece, a espaços, não querer viver o que está a viver, parece contrariado, numa grande luta interior. Sim, talvez guarde um segredo ;)

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  6. Bom dia Jerónimo... acabei de ler o que escreves-te este sábado... o romance entre os dois está a começar a aquecer... ahahahahah podias escrever um pouco mais amigo... fico sempre com a sensação a pouco... ahahahahah, parabéns... o romance está escrito de uma forma que nos arrebata... pena nos deixares em suspense tanto tempo... será que vais publicá-lo um dia?

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    1. Boa tarde Mila ;)
      Sim, penso que o romance - assim define os meus textos - estão a entrar numa fase crucial. Já soubemos um pouco da vida de Elisa, designadamente a mãe ausente que teve e agora estamos a descobrir os porquês da forma de estar de Santiago. Temos ainda algo para saber sobre a vida amorosa de Elisa e depois, depois de conhecidos os entraves, veremos se eles se entendem... se esses entraves podem ou não ser debelados.
      Compreendo a sensação de pouco, mas em abono da verdade, devo dizer que estou a "produzir" o dobro do que inicialmente propôs como objectivo para este ano, que era um texto de 15 em 15 dias. Estou a "produzir" um texto de 8 em 8 dias e os dois últimos até foram maiores que os anteriores.
      Quanto a publicação é sempre uma possibilidade ;)

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  7. O amor precisa do equilíbrio perfeito...
    Elisa e Santiago terão, certamente, as suas travessias entre dilemas, encontros e desencontros até o alcançar a plenitude de um sentimento comum!!
    Estou expectante com este desenlace!
    Continuação de boa inspiração **

    marta

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    1. Obrigado Marta pelo comentário ;)
      Gosto de pensar em Santiago e Elisa como pessoas com quem nos podemos cruzar na rua, ver numa esplanada, e tal como essas pessoas, como eu e a Marta, eles possuem vidas como as nossas... como muito bem dizes, com dilemas, encontros e desencontros... Vamos ver o que isto dá. O próximo texto irá ser muito importante para se perceber muita coisa.
      Beijinho

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  8. Elisa tem o seu passado, que apesar da mágoa, tenta esconder um pouco, parecendo por vezes fria e enigmática, mas no fundo é um ser frágil e carente...
    Com o Santiago, algo grave se passou, porque anulou os sentimentos, passou a viver como se não os tivesse...um modo de apaziguar uma dor ainda latente.
    O AMOR VENCE TODOS OS OBSTÁCULOS, DESDE QUE DUAS PESSOAS ASSIM O QUEIRAM E ACHO QUE AQUI ISSO VAI ACONTECER!
    Atrasei-me, mas agora vou ler o seguinte, porque me deixou muitissimo curiosa!
    OS MEUS SINCEROS PARABÉNS JERÓNIMO, POIS PRENDE-NOS AO TEXTO DO PRINCIPIO AO FIM!!

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    1. Ainda não sabemos da vida amorosa de Elisa...
      Penso que esta ainda não terá encontrado o seu grande amor. É enigmática, em parte, mas de todo, não é fria. Santiago vive uma situação diferente.
      Haverá amor, será que ele vencerá?

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     O vídeo que pode ver em baixo é uma curta-metragem chamado Cupidity (ou Cupido, em português).

     A história é sobre uma empregada de mesa apaixonada por um cliente, mas que ele nunca reparou nela. Ela canta no restaurante onde trabalha e todos a aplaudem... menos o cliente por quem ela está interessada.

     Até que ela percebe o real motivo do desinteresse e recebe a ajuda de um Cupido. Veja por si mesmo: clique no play e emocione-se.